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Exercício físico: contribuições para a ciência e saúde

Updated: May 16, 2019


Para inaugurar nosso Blog, resolvi escrever esse texto sobre a importância dos estudos sobre exercício físico para saúde bem como para a ciência. Para tanto, relembramos que o sedentarismo não é um comportamento natural e a manutenção desse estado de baixo nível de atividade física leva a várias alterações no organismo que podem se traduzir em significativos agravos sobre a saúde. Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (2017), revelam que o sedentarismo é responsável por 3,2 milhões de mortes em todo mundo. Portanto, manter uma vida mais ativa contribui para redução da morbidade e mortalidade e, em consequência, melhora a qualidade de vida das pessoas. A importância do exercício físico para a saúde, não é nenhuma novidade nos tempos atuais bem como em tempos passados. Os gregos, por exemplo, diziam que mente e corpo devem desenvolver-se em proporções harmoniosas para produzir uma inteligência criativa. Edward Stanley, um estadista britânico escreveu em 1873 (The Conduct of Life) “Os que não têm tempo para o exercício, mais cedo ou mais tarde terão de encontrar tempo para a doença.” Outro personagem importante, Thomas Jefferson - um dos mais importantes e notáveis presidentes do EUA - disse não menos que duas horas por dia deve ser dedicado ao exercício. Considerando as atribuições de um político americano que escreveu a Declaração da Independência, foi Secretário de Estado e o presidente dos EUA por duas vezes, poderia dedicar duas horas de seu tempo para realizar exercícios, nós não conseguimos fazer isso pelo menos alguns minutos por dia?


Nesse cenário, diversos pesquisadores, ao longo da história científica, têm revelado que a prática de exercícios físicos regulares contribui para diferentes aspectos da saúde humana e conduz a prevenção e/ou tratamento de diferentes doenças crônicas. Ainda existem muitas dúvidas sobre os mecanismos bioquímicos e moleculares que são regulados pelo exercício físico e quais e como esses mecanismos contribuem para a redução dos riscos de doenças crônicas ou ainda, que promovam a saúde. Numa visão geral, o exercício físico realizado regularmente promove efeitos sinérgicos em diferentes órgãos e tecidos, em especial, entre músculo e cérebro, músculo e pulmões, músculo e coração e essa sinergia leva a regulação de diferentes genes bem como alterações moleculares, bioquímicas e fisiológicas. Essas mudanças nas células promovem uma forma de integração entre os órgãos que resulta em um aumento da aptidão física e da capacidade cognitiva e, em consequência, diminui o risco para doenças crônicas. Entretanto, as alterações induzidas pelo exercício físico dependem de quatro principais fatores: duração, intensidade e frequência bem como do tipo do exercício. Em conjunto, esses fatores consistem nas características básicas de um programa de treinamento físico.


Pretendemos, por esse Blog, revelar e comentar os mais recentes estudos sobre os efeitos do exercício físico e suas implicações bioquímicas e moleculares em diferentes situações da vida humana. Esperemos que as informações aqui apresentadas possam auxiliar na popularização da ciência e facilitar a compreensão e o entendimento dos estudos realizados por diferentes pesquisadores.


Por Ricardo A. Pinho, PhD

PPGCS/Escola de Medicina/PUCPR

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